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domingo, 7 de julho de 2024

FAZENDA: Santa Júlia é o novo atrativo turístico de São Pedro

Tradicionalmente conhecida pelas suas belezas naturais, a estância turística de São Pedro (SP) está localizada a cerca de 200 quilômetros da capital paulista e oferece diversos atrativos. 

Com pouco mais de 50 mil habitantes, repousa na encosta da Serra do Itaqueri. Ao mesmo tempo que oferece uma diversificada rede hotelaria para quem quer descanso e tranquilidade, é visitada por milhares de aventureiros que adoram fazer rapel, trilhas de jipe, voos livres, balonismo, off-road ou simplesmente usufruir de refrescantes banhos de cachoeiras, muitas destas escondidas em belíssimas propriedades.

Recentemente, uma das atrações novas à disposição dos visitantes é conhecer a Fazenda Santa Júlia, que tem fácil acesso e fica a menos de 9 quilômetros da área central da cidade. 

A estrada que liga São Pedro a Santa Maria da Serra foi preservada ao longo das décadas, restaurada e abriga construções históricas, como uma linda capela, e é cortada por dois rios lindíssimos que nascem de cachoeiras que ficam dentro da própria propriedade.

Um pouco da história

O Engenho do Boffete – Fazenda Santa Júlia

A Fazenda Santa Júlia, como hoje é conhecida, foi fundada no início da povoação de São Pedro por Luís Teixeira de Barros, irmão de Joaquim, o Povoador. Ali ele se estabeleceu como sócio e concunhado, Afonso Agostinho Gentil de Andrade. 

A fazenda era conhecida como Engenho do Boffete. Em 1875, ela foi vendida por 15 contos de réis ao capitão  Veríssimo da Silva Prado. Este, mais tarde, vendeu-a ao Barão de Araraquara, que mudou o seu nome para Fazenda Santa Júlia.

João Batista de Oliveira era filho do Barão de Araraquara e estava à frente dessa importante fazenda, grande produtora de café. Com uma superfície de 500 alqueires, 100 deles eram destinados ao café. Havia 180 mil pés. 

Produziam uma média anual de 180 toneladas, consideradas de ótima qualidade. Vinte alqueires eram destinados à cultura de cereais, com uma produção anual considerável de mil litros. Para as pastagens e forrageiras, eram ocupados 80 alqueires.

O restante das terras era coberto de mata virgem, rica em madeira para construção de móveis. O pessoal da fazenda envolvido com o cultivo de café era constituído de 135 pessoas: 90 italianos, 40 brasileiros e cinco de outras nacionalidades. 

A preparação do produto para o comércio exigia certos cuidados a partir da derriçagem, ou seja, a "colheita de frutos do café através do escorregamento firme das mãos pelos galhos".

Para isso havia um maquinário completo, tudo fornecido pela Companhia Lidgewood. Trinta contos de réis eram gastos anualmente na manutenção da fazenda, que possuía também uma serraria e moinhos. Ela era administrada por seu proprietário, formado pela Escola Comercial de Hamburgo, após conclusão dos estudos em São Paulo. 

João Batista de Oliveira também participou da vida pública em São Pedro. Em 1902, como tenente-coronel, entrou para a Guarda Nacional. Foi também provedor da Santa Casa, na época de sua inauguração, aos 2 de agosto de 1908. Ocupou, ainda, o cargo de conselheiro da Câmara Municipal e presidente do Diretório Político local, tendo a simpatia dos munícipes, em especial os imigrantes.

Atualmente, a Fazenda Santa Júlia é administrada pela família. No comando estão nada menos que 7 mulheres que fazem a gestão do maravilhoso empreendimento. Dessas, as mais atuantes são Maria Tereza de Oliveira Pinto Ferrari e sua irmã Maria Célia de Oliveira Pinto Ferrari, que se dividem na promoção e marketing do espaço.

As visitas com tour devem ser programadas com antecedência. O valor do tour é de R$ 50,00 por pessoa. Domingo sim, domingo não, a Fazenda abre para um delicioso brunch, onde os visitantes têm a oportunidade de, além do tour, das trilhas, e de admirar toda a beleza da fazenda, poder experimentar mais de 40 itens preparados de maneira artesanal pela família.

O valor do brunch é de R$ 100,00 por pessoa, e sempre com reservas antecipadas. Preços especiais para crianças.

Mais informações e reservas: www.instagram.com/fazendasantajuliasaopedro 
ou (14) 99868-0553. 

Também é possível conhecer as quatro cachoeiras da propriedade, mediante acompanhamento de guia especializado. Para essa opção, consulte www.saopedroeumaventura.com.br, agência do guia e condutor Sandro do Nascimento Barbosa. Informações: (19) 99164-0033.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

São Pedro (SP) completa 142 anos

São Pedro (SP) completa 142 anos
A cidade de São Pedro (SP) completou no último dia 22 de fevereiro de 2023, coincidentemente na mesma data que caiu a quarta-feira de cinzas, 142 anos de existência.

A data marca o dia em que o nomeado Barão de Iguape, o Capitão Veríssimo Antônio da Silva Prado, que dá o nome da principal rua comercial da cidade, na época aqui estabelecido como fazendeiro, conseguiu o desligamento da cidade de São Pedro do município de Piracicaba, tornando-o independente, em 22 de fevereiro de 1881.

Estância turística

São Pedro é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual.

 Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

História

Os irmãos Joaquim, José e Luiz Teixeira de Barros, vindos de Itu (SP), compraram a Sesmaria do Pinheiros onde é hoje São Pedro (SP). Vieram com eles: escravos, empregados e familiares. Nesta mesma área passava o chamado "Picadão", caminho que partia de São Paulo (SP) em direção a Cuiabá (MT) e onde hoje é o centro histórico havia o chamado Pouso do Picadão, que era cuidado pelo tropeiro Floriano de Costa Pereira, o Florianão.

Dos irmãos Teixeira de Barros, Joaquim foi considerado o “povoador” e como de praxe erigiu uma capelinha que tinha como padroeiro São Sebastião. Autorizado pela Igreja Católica recebeu o nome de Capela do Picadão.

O nome e o padroeiro não agradaram a população e logo foi mudado para Capela de São Pedro. A fertilidade da terra atraiu outras famílias, em 1864 o povoamento foi elevado a Freguesia. Em 1867 chegou o primeiro sacerdote, o Padre Aurélio Votta, italiano. 

Em 1879 o Barão de Iguape, Capitão Veríssimo Antônio da Silva Prado aqui estabelecido como fazendeiro, conseguiu a elevação para a categoria de Vila. Na sequência, 1881, conseguiu o desligamento de Piracicaba e em 1882 a comarca e chegou o primeiro juiz, João Baptista Pinto de Toledo.

Na imigração italiana, período de 1890, e a produção de café projetaram o município, sendo que 80% de seus moradores atuais possuem sobrenomes italianos.

Quando então em 1893 chegou o ramal de estrada de ferro. Nesta época do café foi instalado a Santa Casa de Misericórdia, cemitério, grupo escolar, cadeia, prefeitura e câmara além da igreja matriz.

Na década de 1920 a procura de petróleo descobriu fontes de águas e o início das Termas de São Pedro, hoje Águas de São Pedro que foi emancipado na década de 1940. Por volta de 1934, os então diretores da Companhia Petróleos do Brasil, criada por Monteiro Lobato em 1931, Ângelo Balloni e Vittorio Miglieta, coordenaram a instalação do poço Balloni II. 

Este tornou-se um marco por ser considerado o poço de maior profundidade perfurada atingida no Brasil (1.815 m). A sonda permanece até hoje no local, onde agora é o Município de Águas de São Pedro (SP), separado de São Pedro (SP) em 1950.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Você sabia? Hoje é Dia Nacional do Imigrante Italiano


O Dia Nacional do Imigrante Italiano é celebrado anualmente em 21 de fevereiro.

O Brasil é o maior país com raízes italianas em todo o mundo. Pela importância que a comunidade italiana representa para a construção do Brasil, esta data tem o objetivo de homenagear os descendentes dos imigrantes italianos.

A lei nº 11.687, de 2 de junho de 2008, instituiu oficialmente o Dia Nacional do Imigrante Italiano no calendário de todo o território brasileiro.

A escolha do dia 21 de fevereiro é uma homenagem à expedição de Pietro Tabacchi ao Espírito Santo, em 1874. Este evento ficou marcado como o inicio do processo de migração em massa dos italianos para o Brasil.

Com a crise que se instalou na Itália durante meados do século XIX e XX, muitos camponeses italianos aceitaram os pedidos do governo brasileiro para trabalharem nas lavouras do país, principalmente nas regiões sudeste e sul.

De acordo com dados do Consulado da Itália no Brasil, estima-se que atualmente existam aproximadamente 25 milhões de descendentes de italianos vivendo em terras brasileiras.

São Pedro

A partir de 1880 dezenas de navios partiram da Itália com destino ao Brasil, sendo que muitos dos seus passageiros, já vinham com cartas (e a passagem paga) pelos fazendeiros que possuíam grandes lavouras de café na região de São Pedro (SP). 

Tanto que, até hoje, a maioria dos sobrenomes na cidade são de origem italiana.

Saiba mais em outra matéria do nosso blog: IMIGRANTES: Família Miranda - Fernandes - Carmona - Martin - https://euamosaopedrosp.blogspot.com/2022/08/imigrantes-familia-miranda-fernandes.html

CIDADANIA ITALIANA: Mudanças vem por aí!

Sabemos que a cidade de São Pedro (SP) foi "povoada" por italianos, que vieram para a cidade no final do século 19 e início do séc...